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lunes, 4 de febrero de 2013

Sou vil, sou reles, como toda a gente

Sou vil, sou reles, como toda a gente 
Não tenho ideais, mas não os tem ninguém. 
Quem diz que os tem é como eu, mas mente. 
Quem diz que busca é porque não os tem. 

É com a imaginação que eu amo o bem. 
Meu baixo ser porém não mo consente. 
Passo, fantasma do meu ser presente, 
Ébrio, por intervalos, de um Além. 

Como todos não creio no que creio. 
Talvez possa morrer por esse ideal. 
Mas, enquanto não morro, falo e leio. 

Justificar-me? Sou quem todos são... 
Modificar-me? Para meu igual?... 
— Acaba já com isso, ó coração!

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